Papanicolando

Cuidado com Ameba se não ela te pega

E o pulso ainda pulsa...

Currículo Lattes - Coisa de Nerd?

O que fazer quando ocorrer sangramento no nariz?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Em caso de sangramento ou hemorragia, ou seja, perda súbita de sangue pelo rompimento de um ou mais vasos sanguíneos no nariz, algums procedimentos podem ser adotados.

O primeiro passo é sentar a pessoa com a cabeça para frente para evitar que a mesma engula sangue, evitando náuseas e vômitos. Depois, pressione as narinas com o dedo indicador e o polegar em forma de pinça durante 10 minutos. Oriente a pessoa para respirar pela boca.

É preciso não assoar o nariz, evitar esforços e exposição ao calor logo após o cessar da hemorragia.
Mas, atenção: caso o sangramento não páre, procure repetir essa manobra por mais duas vezes seguidas.
E se mesmo assim não estancar a hemorragia, leve a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo.

HIV: acessoria jurídica

domingo, 5 de dezembro de 2010

Apesar de desumano, ainda é comum ocorrer preconceito e negação do direito como cidadão à um HIV positivo. Os serviços de assessoria jurídica gratuita prestados por Organizações da Sociedade Civil Organizada (OSC) em parceria com o Ministério da Saúde devem ser procurados caso o portador do HIV sinta seus direitos violados por algum motivo. Os casos mais comuns são ações para assegurar direitos das pessoas infectadas pelo vírus da aids em relação às questões trabalhistas ou em relação à medicação, entre outros. 
Existem instituições que recebem denúncias, assessoram vítimas de discriminação e preconceito social e tomam providências cabíveis nos casos em que os direitos desse cidadão são, de alguma forma, lesados. Se você passou por algumas dessas situações saiba onde conseguir ajuda perto de você.

OSC
Projeto
Cidade/UF
Contato
1.AGLT
Justiça Positiva
Goiânia /GO
aglt@bol.com.br
(62) 225-6703/205-6018
2.ALIA
Ativismo e Cidadania
Londrina/PR
alia@Ldapalm.com.br
(43) 3356 3267
3.ALIVI
Projeto Jurídico
Mairipora/SP
pccrepal@uol.com.br
(11) 3106-0975
4.ASSEV
Lide Positiva
Vitória Conquista/BA
lidepositiva@hotmail.com
(77) 425-0981 - Fax (77) 425-0681
5.Assoc. LAR
Assessoria Jurídica
Osasco/SP
larosasco@hotmail.com
(11) 3609-6525 - Fax: (11) 3609-0955
6.Associação Travestis Unidas
Assessoria Jurídica e Aconselhamento
Aracaju/SE
unidas_salto@bol.com.br
(79)222-0370 247-2045
7.AVAIDS
Justiça Social
São Paulo/SP
avaids@avaids.org.br
(11) 228-9940
8.CAASAH
Dignidade e Vida
Salvador/BA
caasah@ig.com.br
(71) 312 7655
9.Centro Defesa da Cidadania Marçal de Souza Tupã I
Assessoria Jurídica e Direitos Humanos
Campo Grande/MS
francleia@uol.com.br
(67)382-2335/9999-1363/314-4488
10.CEFEMEA
Intervindo no Legislativo
Brasília/DF
cfemea@cfemea.org.br
iaris@cfemea.org.br
(61) 328-1664
11.FAÇA
Faça Direito
Florianópolis/SC
fapcaids@unetsul.com.br
(48) 223-6075
12.Fund. Movimento Direito Cidadania
Assessoria Jurídica
Belo Horizonte/MG
secretaria@fmdc.org.br
www.fmdc.org.br
chcamaral@hotmail.com
31-3213-1867
13.GADA
Assistência e Assessoria Jurídica
São José do Rio Preto/SP
matheustheodoro@terra
jcfc@zaz.com.br
017- 234-6296
14.GAE
Assessoramento e aconselhamento jurídico
Três Lagoas/MS
gaevida@terra.com.br
(67) 521-7702
(67) 521-9366
15.GAIH
Assistência Jurídica
Feira de Santana/BA
kgouveia@hotmail.com
(75) 614-8946
16.GAPA
Direito e Aids
Brasília/DF
gapadf@zaz.com.br
(61) 328-3668
17.GAPA
Direitos Humanos
Salvador/BA
adriana@gapabahia.org.br
(71) 328-4270
18.GAPA
Garantindo Direitos em Aids
Fortaleza/CE
clodo@mailbr.com.br
gapace@terra.com.br
(85)283.0331/99475928
19.GAPA
Dignidade é Direito
BelémPA
gapa@ufpa.br / grobertoadv@ig.com.br
(91) 249-5533 (fax) e 211-1285
20.GAPA
Estudos e Aconselhamento Jurídico em HIV/Aids
Porto Alegre/RS
gapars@terra.com.br
51- 322163-63
21.GAPA
Aids e Direito
São Paulo/SP
aabbade@terra.com.br
gapabrsp@vento.com.br
(11) 33335454
22.GASA
Núcleo de Atendimento e Comunicação Jurídica
Catanduva/SP
jussarajeri@hotmail.com
(17) 522- 486 / 3524-2445
23.GAV
Aids e o Direito
Campina Grande/PB
antiaids@uol.com.br
robson.antao@uol.com.br
83- 341-2772
341- 5792
24.GEPASO
Assessoria Jurídica
Sorocaba/SP
gepaso@splicenet.com.br
(15) 233-3010
25.GESTOS
Aconselhamento e Assessoria Jurídica
Recife/PE
gestos@nlink.com.br
kariguerios@uol.com.br
(81)34217727
26.GOSP HIV+
Justiça Legal
Rio Verde/GO
canceriano.smd@bol.com.br
(64)623-4517 945-7136
27.Hipupiara
O Direito:Garantia de cidadania
São Vicente/SP
hipupiara@hipupiara.org.br
magda.neves@uol.com.br
(13 ) 3466.4007 / 3469.7207
28.IBISS/MS
Direito de ter Direitos
Campo Grande/MS
ibiss.co@uol.com.br
(67) 3256171/4174
29.IEPAS/SP
Duralex
Santos/SP
iepas@iepas.org.br
alex.ochsendorf@uol.com.br
(13) 3235-4842 / 3221-4537
30.Inst..Juventude/SC
Direito & Cidadania
Florianópolis/SC
luizdario@ij.org.br
luiz13107@oab-sc.org.br
(48) 255-0030
31.Pela Vidda Niterói/RJ
Vidda Legal
Niter¾/RJ
dep.jurÉico@pelavidda-niteori.org.br
(21) 271 93793
32.Pela Vidda/RJ
Assessoria e Orientação Jurídica
Rio de Janeiro
ingrid@pelavidda.org.br
(21) 2518-3993

Camisinha e Curiosidades

sábado, 4 de dezembro de 2010

O preservativo é um método contraceptivo do tipo barreira. Este é o método contraceptivo mais utilizado em todo o mundo, que ajuda não só no planeamento familiar como também reduz o risco de transmissão de diversas DSTs. É feito de látex ou poliuretano e geralmente vem já lubrificado, existindo em várias cores, aromas e tamanhos. Deve estar presente durante todo o acto sexual: deve colocar-se antes de iniciar a penetração e retirar-se depois da ejaculação, antes que o pénis perca a ereção.

História

O preservativo é método contraceptivo muito antigo, existindo provas da sua utilização em civilizações históricas da Antiguidade, como a chinesa, na qual os preservativos eram feitos de papel de seda untado com óleo, a egípcia, que utilizava intestinos de animais cozidos, ou ainda a cretense (1600 a.C.), da qual existem relatos acerca do rei Minos de Knossos recorrer a bexigas natatórias de peixes como preservativo.

No século XVI o anatomista italiano Gabriel Fallopius recomendava um incômodo saquinho feito de linho e amarrado com um laço, que é considerado o primeiro preservativo, provavelmente utilizado para evitar doenças venéreas. Um século depois, um médico inglês - conhecido como dr. Condom - resolveu criar um protetor feito com tripa de animais para o rei Carlos II de Inglaterra, a fim de evitar o nascimento de tantos filhos ilegítimos (No entanto não há qualquer evidência de que tal médico tenha realmente existido). Em 1939, com a descoberta do processo de vulcanização da borracha, os preservativos passaram a ser fabricados com esse material e ficaram elásticos.

Mas por que usar a camisinha?

A camisinha é o método mais eficaz para se prevenir contra muitas doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, alguns tipos de hepatites e a sífilis, por exemplo. Além disso, evita uma gravidez não planejada. Por isso, use camisinha sempre.
Mas o preservativo não deve ser uma opção somente para quem não se infectou com o HIV. Além de evitar a transmissão de outras doenças, que podem prejudicar ainda mais o sistema imunológico, previne contra a reinfecção pelo vírus causador da aids, o que pode agravar ainda mais a saúde da pessoa.
Guardar e manusear a camisinha é muito fácil. Treine antes, assim você não erra na hora. Nas preliminares, colocar a camisinha no(a) parceiro(a) pode se tornar um momento prazeroso. Só é preciso seguir o modo correto de uso. Mas atenção: nunca use duas camisinhas ao mesmo tempo. Aí sim, ela pode se romper ou estourar.

A camisinha é impermeável
 
A impermeabilidade é um dos fatores que mais preocupam as pessoas. Pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos esticaram e ampliaram 2 mil vezes o látex do preservativo masculino (utilizando-se de microscópio eletrônico) e não foi encontrado nenhum poro. Em outro estudo, foram examinadas as 40 marcas de camisinha mais utilizadas em todo o mundo. A borracha foi ampliada 30 mil vezes (nível de ampliação que possibilita a visão do HIV) e nenhum exemplar apresentou poros.
Em 1992, cientistas usaram microesferas semelhantes ao HIV em concentração 100 vezes maior que a quantidade encontrada no sêmen. Os resultados demonstraram que, mesmo nos casos em que a resistência dos preservativos mostrou-se menor, os vazamentos foram inferiores a 0,01% do volume total. Ou seja, mesmo nas piores condições, os preservativos oferecem 10 mil vezes mais proteção contra o vírus da aids do que a sua não utilização.

Onde pegar
 
Os preservativos masculino e feminino, assim como géis lubrificantes, são distribuídos gratuitamente em toda a rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o Disque Saúde (0800 61 1997). Também é possível pegar camisinha em algumas escolas parceiras do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas.

Você sabia...
 
Que o preservativo começou a ser distribuído pelo Ministério da Saúde em 1994?

Como é feita a distribuição
 
A compra da maior parte de preservativos e géis lubrificantes disponíveis é feita pelo Ministério da Saúde. Aos governos estaduais e municipais cabe a compra e distribuição de, no mínimo, 10% do total de preservativos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e de 20% nas regiões Sudeste e Sul.
Após a aquisição, os chamados insumos de prevenção saem do Almoxarifado Central do Ministério da Saúde, do Almoxarifado Auxiliar de São Paulo e da Fábrica de Preservativos Natex e seguem para os almoxarifados centrais dos estados e das capitais.




Mas quais são as novidades de mercado sobre camisinha?



Sem Lubrificantes
Aconselhadas apenas para os que tem alergia a algum tipo de lubrificante, este é o tipo mais simples de camisinha que se pode encontrar no mercado. Feita de látex, custa por volta de R$ 2,00. Sua principal desvantagem é o incômodo que o atrito pode causar, além de ser mais propensa a romper.


 
Lubrificadas
Sendo o mais tradicional dos modelos, a camisinha vem com um gel incolor que envolve o preservativo, lubrificando-o com o objetivo de facilitar a penetração. À base de água ou óleo de silicone, o recurso diminui o atrito entre o pênis e a vagina e está disponível em todas as marcas. Aconselhadas para o sexo vaginal e, principalmente, o anal. O preço varia entre R$ 2,00 a R$ 4,00.



Texturizadas
Com relevos, pontinhos salpicados, ondulações e bolinhas, os preservativos texturizados dão mais prazer ao casal. As camisinhas são específicas para homens ou mulheres e estimulam as regiões genitais aumentando a sensação de prazer durante o sexo e custam em torno de R$ 4,50. Apesar de extremamente convidativas, é importante tomar cuidado e sempre verificar se o modelo possui o selo do Inmetro garantindo a prevenção. 




Tamanhos
É essencial que se use o tamanho adequado de preservativo de acordo com os atributos do parceiro. Atualmente, existem camisinhas de vários tamanhos, desde as chamas teens até as GG para os bem dotados. Escolher uma que não seja adequada, além de causar incômodo, não protege devidamente.




Efeito retardador
As que sofrem com os mais rapidinhos que só pensam no próprio prazer têm como alternativa as camisinhas com efeito retardador. Elas são feitas com 4,5% de benzocaína, substância que dá uma segurada na ejaculação masculina, prolongando o tempo da relação. Um pouco mais caras que as outras, seu preço varia entre R$6,00 e R$ 7,00




Sensíveis
 
Para os que acham que a camisinha incomoda durante o sexo, algumas marcas como Olla, Jontex e Blowtex passaram a fabricar uma possível solução: preservativos lisos, com lubrificantes e mais finos, aumentando a sensibilidade durante a transa.






Com espermicida

Uma boa escolha para as mais prevenidas! Produzidos para impedir a entrada dos espermatozóides no colo uterino, os espermicidas também são lubrificantes e oferecem uma certa prevenção contra gravidez caso a camisinha estoure. Apesar da proteção extra, que funciona quando o produto químico inibe a ação dos espermatozóides, matando-os, a eficácia não é 100%, portanto, opte por outros métodos contraceptivos simultaneamente. Podem ser adquiridas por R$ 4,00 ou R$ 5,00.





Aromas
Normalmente escolhidos para a pratica de sexo oral, os preservativos com aroma podem ser encontrados nos sabores de morango, maracujá, uva, banana, hortelã, menta, salada mista, tutti-fruti e até chocolate. 





Hot
Fabricada pela Blowtex, a camisinha que esquenta durante a relação sexual possui um agente umectante em forma de gel na parte interna (em contato com pênis) e na externa (em contato com a vagina) que proporciona a sensação de calor. Custa em média R$ 5,00 e pode ser encontrada em farmácias e sex shops.






Brilhantes
PRESERVATIVOS FLORECENTES AMOLGADOSA marca glow é a pioneira na fabricação das camisinhas que brilham no escuro. Mas cuidado, elas não são indicadas como forma de prevenção, já que são porosas. Seu uso é indicado para apimentar a relação sexual. Já  os Preservativos Florecentes Amolgados brilham no escuro como nenhuns outros. Elas ainda possuem depósito e lubrificantes que podem ser usados como contraceptivos para além dos momentos de pura brincadeira que vão proporcionar. 





Patriota
A Preserv encabeçou uma campanha na Copa do Mundo 2010 e disponibilizou camisinhas com as cores das bandeiras de diversos países. Elas custam em média R$ 3,50. 










Camisinha de língua

Específica para a prática de sexo oral, elas são vendidas em diversas cores e tamanhos e ajudam a prevenir doenças. O preço médio é de R$18,00 da Marca Pau Brasil. 





"Cabeçuda"



Para os mais volumosos. É a camisinha com a cabeça mais larga que o resto de seu comprimento. É vendida pelas marcas Lifestyle e Maxx.





Dúvidas Frequentes: HIV/AIDS

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ainda existe muitas dúvidas sobre o assunto HIV e AIDS. Mas quais são as dúvidas mais frequentes? No site http://www.aids.gov.br o Ministério da Saúde lista algumas dúvidas frequentes na sociedade.





Atualmente, ainda há a distinção entre grupo de risco e grupo de não risco?
Essa distinção não existe mais. No começo da epidemia, pelo fato da aids atingir, principalmente, os homens homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos, eles eram, à época, considerados grupos de risco. Atualmente, fala-se em comportamento de risco e não mais em grupo de risco, pois o vírus passou a se espalhar de forma geral, não mais se concentrando apenas nesses grupos específicos. Por exemplo, o número de heterossexuais infectados por HIV tem aumentado proporcionalmente com a epidemia nos últimos anos, principalmente entre mulheres.


O que se considera um comportamento de risco, que possa vir a ocasionar uma infecção pelo vírus da aids (HIV)?
Relação sexual (homo ou heterossexual) com pessoa infectada sem o uso de preservativos; compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente, no uso de drogas injetáveis; reutilização de objetos perfurocortantes com presença de sangue ou fluidos contaminados pelo HIV.


Qual o tempo de sobrevida de um indivíduo portador do HIV?
Até o começo da década de 1990, a aids era considerada uma doença que levava à morte em um prazo relativamente curto. Porém, com o surgimento do coquetel (combinação de medicamentos responsáveis pelo atual tratamento de pacientes HIV positivo) as pessoas infectadas passaram a viver mais. Esse coquetel é capaz de manter a carga viral do sangue baixa, o que diminui os danos causados pelo HIV no organismo e aumenta o tempo de vida da pessoa infectada.

O tempo de sobrevida (ou seja, os anos de vida pós-infecção) é indefinido e varia de indivíduo para indivíduo. Por exemplo, algumas pessoas começaram a usar o coquetel em meados dos anos noventa e ainda hoje gozam de boa saúde. Outras apresentam complicações mais cedo e têm reações adversas aos medicamentos. Há, ainda, casos de pessoas que, mesmo com os remédios, têm infecções oportunistas (infecções que se instalam, aproveitando-se de um momento de fragilidade do sistema de defesa do corpo, o sistema imunológico).


Quanto tempo o HIV sobrevive em ambiente externo?
O vírus da aids é bastante sensível ao meio externo. Estima-se que ele possa viver em torno de uma hora fora do organismo humano. Graças a uma variedade de agentes físicos (calor, por exemplo) e químicos (água sanitária, glutaraldeído, álcool, água oxigenada) pode tornar-se inativo rapidamente.

Que cuidados devem ser tomados para garantir que a camisinha masculina seja usada corretamente?
Abrir a embalagem com cuidado - nunca com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la. Colocar a camisinha somente quando o pênis estiver ereto. Apertar a ponta da camisinha para retirar todo o ar e depois desenrolar a camisinha até a base do pênis. Se for preciso usar lubrificantes, usar somente aqueles à base de água, evitando vaselina e outros lubrificantes à base de óleo que podem romper o látex. Após a ejaculação, retirar a camisinha com o pênis ainda ereto, fechando com a mão a abertura para evitar que o esperma vaze de dentro da camisinha. Dar um nó no meio da camisinha para depois jogá-la no lixo. Nunca usar a camisinha mais de uma vez. Utilizar somente um preservativo por vez, já que preservativos sobrepostos podem se romper com o atrito.

Além desses cuidados, também é preciso certificar-se de que o produto contenha a identificação completa do fabricante ou do importador. Observe as informações sobre o número do lote e a data de validade e verifique se a embalagem do preservativo traz o símbolo de certificação do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia), que atesta a qualidade do produto. Não utilize preservativos que estão guardados há muito tempo em locais abafados, como bolsos de calça, carteiras ou porta-luvas de carro, pois ficam mais sujeitos ao rompimento.


Por que, em algumas situações, o preservativo estoura durante o ato sexual?
Quanto à possibilidade de o preservativo estourar durante o ato sexual, pesquisas sustentam que os rompimentos devem-se muito mais ao uso incorreto do preservativo que por falha estrutural do produto em si.


O que fazer quando a camisinha estoura?
Sabe-se que a transmissão sexual do HIV está relacionada ao contato da mucosa do pênis com as secreções sexuais e o risco de infecção varia de acordo com diversos fatores, incluindo o tempo de exposição, a quantidade de secreção, a carga viral do parceiro infectado, a presença de outra doença sexualmente transmissível, entre outras causas. Sabendo disso, se a camisinha se rompe durante o ato sexual e há alguma possibilidade de infecção, ainda que pequena (como, por exemplo, parceiro de sorologia desconhecida), deve-se fazer o teste após 90 dias (confirmar dado) para que a dúvida seja esclarecida.

A ruptura da camisinha implica risco real de infecção pelo HIV. Independentemente do sexo do parceiro, o certo é interromper a relação, realizar uma higienização e iniciar o ato sexual novamente com um novo preservativo. A higiene dos genitais deve ser feita da forma habitual (água e sabão), sendo desnecessário o uso de substâncias químicas, que podem inclusive ferir pele e mucosas, aumentando o risco de contágio pela quebra de barreiras naturais de proteção ao vírus. A presença de lesão nas mucosas genitais, caso signifique uma doença sexualmente transmissível, como a gonorreia, implica um risco adicional, pois a possibilidade de aquisição da aids aumenta. Na relação anal, mesmo quando heterossexual, o risco é maior, pois a mucosa anal é mais frágil que a vaginal.


A camisinha é mesmo impermeável ao vírus da aids?
A impermeabilidade dos preservativos é um dos fatores que mais preocupam as pessoas. Em um estudo realizado nos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, esticou-se o látex do preservativo, ampliando-o 2 mil vezes ao microscópio eletrônico, e não foi encontrado nenhum poro. Outro estudo examinou as 40 marcas de camisinha mais utilizadas em todo o mundo, ampliando-as 30 mil vezes (nível de ampliação que possibilita a visão do HIV) e nenhuma apresentou poros. Por causa disso, é possível afirmar que a camisinha é impermeável tanto ao vírus da aids quanto às doenças sexualmente transmissíveis.


Qual o procedimento adequado para uma gestante soropositiva?
Iniciar o pré-natal tão logo perceba que está grávida. Começar a terapia antirretroviral segundo as orientações do médico e do serviço de referência para pessoas que convivem com o HIV/aids. Fazer os exames para avaliação de sua imunidade (exame de CD4) e da quantidade de vírus (carga viral) em circulação em seu organismo. Submeter-se ao tipo de parto mais adequado segundo as recomendações do Ministério da Saúde. Receber o inibidor de lactação e a fórmula infantil para sua criança.

Na lutra contra o HIV: Entrevista com Dirceu Greco, Diretor do Departamento de DST

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010


Em entrevista à Agência de Notícias da Aids, infectologista e doutor em medicina tropical Dirceu Greco respondeu a seguintes perguntas de ativistas de três estados. 



Mário Scheffer, Grupo Pela Vidda, de São Paulo - Os homossexuais masculinos têm uma prevalência do HIV 17 vezes maior do que a população em geral. O Departamento prevê novas políticas de prevenção nesse público? Também quero saber se o Dr. Dirceu Greco acredita que apenas políticas de Direitos Humanos são suficientes para enfrentar a aids.
Dirceu Greco – O Brasil realmente tem uma epidemia concentrada. O Departamento tem uma atividade intensa na área de prevenção com homens que fazem sexo com outros homens. Quando aparece uma pesquisa onde mostra maior prevalência, temos que direcionar mais esforços sem perder as perspectivas que o HIV não tem preferência. O Ministério está analisando quais são as medidas necessárias para enfrentar a epidemia. Não há falta de verba ou de vontade e vamos trabalhar essa questão junto com as ONGs.
Em relação aos Direitos Humanos, eles são uma condição sine qua non para cuidar de qualquer situação. É fácil para eu falar, ainda mais agora que entrei como diretor, mas isso é uma condição desde quando o Departamento era o Programa Nacional de DST/Aids. Lutar contra a discriminação sempre foi um papel concreto. Mas, evidementente não é o suficiente. A luta contra a homofobia e a discriminação acontece o tempo todo, mas o que vai ajudar realmente a mudar as perspectivas é o programa Saúde nas Escolas, que vai controlar essas situações gradualmente.


Agência Aids – O Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/Aids (Unaids) divulgou recentemente um relatório dizendo que o Brasil gasta apenas 7% das verbas de aids para a prevenção. O que o senhor pensa sobre essa crítica?
Dirceu – A questão de porcentagem é muito complicada. Quando se tem 100% e tira os 7%, parece que é pouco. Mas, no total de investimentos, em volume de recursos financeiros, é muito alto. Evidentemente tem um tanto que é de medicamento – R$ 600 milhões. Se compararmos com outros países, estamos em um patamar alto. Há um equívoco nessa interpretação.

José Araújo Lima, Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada, de São Paulo – Algumas áreas do Departamento de Aids, como a da prevenção, por exemplo, estão superadas pelo tempo. O sr. tem alguma proposta de renovação na atual política?
Dirceu – Não vou concordar que estão superadas. O caminho está trilhado e avaliamos o que o Departamento representa hoje para a estrutura de saúde e prevenção, tanto interna quanto externamente, e a resposta está dada. Claro que meu papel enquanto diretor vai ser melhorar o que for possível, incentivar o que puder, e com certeza, volto a repetir, em parceria com a sociedade civil.


Jair Brandão, Rede Nacional de Pessoas vivendo com HIV e Aids e ONG Gestos, de Pernambuco – No Brasil existe uma lei que garante acesso universal ao tratamento. Mas, até hoje, sofremos com a pactuação de medicamentos das DSTs e outras doenças oportunistas. Os Estados e municípios não cumprem com essa pactuação. O que o senhor acha que pode ser feito para minimizar esse problema?
Dirceu – A parte mais importante do tratamento, os antirretrovirais, tem a compra centralizada no Ministério da Saúde. Em relação aos outros medicamentos, existem os Conselhos Municipais de Saúde de cada cidade. O de Recife é bem estruturado. Todos esses locais contam com representações de gestores e da sociedade civil como espaço de articulação e de pressão política, talvez a melhor maneira de conseguir garantir direitos. Claro que, no que pudermos fazer, a sociedade civil pode contar com nosso apoio.

Agência Aids – A política brasileira de aids aparece como destaque na campanha política da sucessão presidencial. O Serra, durante vários momentos, levanta que quando foi ministro da Saúde, o programa de aids avançou muito. O pessoal da campanha da Dilma diz que vai bater um pouco nisso. O que o senhor acha da aids estar no centro dessas discussões?
Dirceu – Se entrar na discussão de todos os candidatos, traz à tona a discussão sobre a epidemia e isso é um lado positivo da história. Como diretor do Departamento, pertenço ao Estado e não vou entrar em detalhes para polemizar. Mas o que pode dizer melhor é a história com datas. Vale lembrar que o Departamento, antes chamado de Programa Nacional de DST/Aids, foi estabelecido em 1985. Em 1996, foi quando o programa brasileiro passou a obedecer uma lei federal dizendo que o medicamento antirretroviral era para todos. Tudo isso aconteceu antes do que os candidatos estão colocando em vista. O programa passou por todos os governos, e é aquilo que a gente almeja: uma política de Estado. Não é de ninguém, é de todo mundo.

Agência Aids – O senhor disse que o programa de combate à aids é do Brasil. O senhor acha correto os candidatos tentarem se apropriar do programa?
Dirceu – Posso dizer o lado positivo disso outra vez. Não é meu papel analisar falas corretas de candidatos ou não. A direção desse Departamento, independente do que eles falarem, vai funcionar bem porque o programa funciona bem. O que eu digo é só o seguinte: o Departamento começou em 1985, muito antes das discussões que os quatro candidatos estão mantendo. Cada um deles, mesmo falando uma versão, está se comprometendo a manter o processo, o que já um lado positivo.

Agência Aids – O senhor acha ético tentarem usar o programa de aids no horário eleitoral gratuito, em uma campanha?
Dirceu – Claro que é. O ideal é falar o tempo inteiro, não só do programa de HIV/aids, mas sobre hepatites, sífilis, dengue… Quanto mais falar sobre isso, mais questionamentos como este vão existir e mais discussões vão acontecer. Nosso papel como cidadãos é colocar esse processo em discussão o tempo inteiro.
Hoje, o risco que a gente tem com o HIV é o seguinte: aparentemente, o problema da aids está resolvido no nosso País e não está. A história do abacavir é um exemplo. A prevenção também – se um grupo como o homossexual está com 10% ou 12% de prevalência, o problema está sob controle, mas não está resolvido.

Agência Aids – O Brasil passou recentemente por uma crise de desabastecimento de alguns medicamentos, principalmente o abacavir. Como o senhor pretende proteger o País ainda mais desse problema, principalmente com os remédios importados?
Dirceu – Independente de qual medicamento seja, o papel nosso aqui é ficar sempre atento para que a situação não se repita. Algumas coisas são impossíveis de falar ‘nunca mais vai acontecer’. Começamos a aumentar a parte de estocagem. No exemplo mais recente, no caso do abacavir, acabamos tendo um estoque muito mais prolongado apesar do número de pessoas em utilização ter diminuído.
Em relação aos outros remédios, isso é feito constantemente. E o cuidado não são só dos que são importados, mas dos fármacos nacionais também. Tivemos reuniões recentes com as grandes indústrias nacionais oficiais, como a FURP (Fundação para o Remédio Popular), a Farmaguinhos (laboratório da Fundação Oswaldo Cruz) e Lafepe (Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco). A cada reunião com eles, é avaliado como está o processo de estocagem e de produção. A minha expectativa é que esse risco se torne cada dia menor. Espero que esta tenha sido a última vez.
Só para lembrar que já houve problemas anteriores, algumas vezes por falhas de fornecimentos de insumos, no embalo e na importação. Essa do abacavir chegou ao ponto de ter problemas por causa da erupção do vulcão lá na Islândia.
Se algum dia faltar um preservativo, claro que é problema; um teste de CD4 idem. Mas, a falta de medicamento é um problema absolutamente grave. Esse cuidado está sendo feito. É bom lembrar que orçamento está sendo mantido para isso.

Roberto Chateubriand, Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (GAPA), de Minas Gerais – Como garantir as novas tecnologias para prevenção aos cidadãos, como por exemplo a profilaxia pós-exposição?
Dirceu – Essa discussão é internacional, não somente brasileira. No Brasil há a distribuição de 400 milhões de preservativos com gel. Esses insumos vão ser cada vez mais o mecanismo primário de prevenção, não só para o HIV, mas para todas as doenças sexualmente transmissíveis.
Quando falamos em profilaxia pós-exposição, prevenção por via medicamentosa, a abordagem é apenas contra o HIV. Na questão de acidentes com agulhas e estupro, a questão já está bem resolvida. O restante das discussões está em andamento. O Ministério, em tudo que é feito nessas mudanças, trabalha junto com os experts. No consenso atual, essa discussão está ocorrendo. Quando é que vamos pactuar, como vai ser isso, se vale a pena, os riscos, se isso banalizar a prevenção, tudo isso está em discussão. Estamos atentos às decisões mundiais e adaptando ao Brasil, como sempre tem acontecido.

Fonte: Agência de Notícias da Aids
 

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